A Ditadura Militar foi um dos períodos mais nebulosos na história do nosso país. A censura reinava, jornais não podiam publicar nada que fosse de encontro o Governo, os artistas tiveram que calar a sua voz, muitos foram perseguidos, torturados e mortos. Alguns cantores, compositores, dramaturgos, conseguima burlar a censura com suas mensagens subliminares em seus textos e canções, mas a Ditadura Militar acabou, e o Brasil viu nascer um novo período de esperança para os seus cidadãos com a volta da Democracia. Em período eleitoral eis que surgiu uma grande anedota: os reis das piadas, os humoritas foram proibidos de fazer qualquer tipo de brincadeira ou menção, a algum partido ou político, isso mesmo, vimos um resquício da Ditadura e a sua censura tenebrosa ressurgir das cinzas. Se nós não rimos dos humoristas, os próprios candidatos fizeram questão de nos contar intermináveis piadas no horário eleitoral. Mas o sensato ministro Ayres Brito recobrou o juízo e suspendeu esta lei que proíbia os humoristas de fazerem o seu notável trabalho em período eleitoral, e com uma liminar, suspendeu parte do artigo 45 da Lei Eleitoral (Lei 9.504/97) que impedia a “trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular programa com esse efeito”. Ainda falta um mês para as eleições, humoritas, façam a festa que nunca deveria ter sido interrompida!
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